quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Segurando o Bônus


O comportamento do mercado vem sendo, há algumas semanas, um tanto estranho. Com o Dow Jones oscilando dentro de um retângulo bem definido (entre ~10.500 e 10.200), assim como VALE e alguns outros papeis que tiveram valorização rápida nos últimos meses.

PETR4 ainda teve seu suspiro de alta no último triângulo ascedente rompido por volta de 16/11/09, que durou até 02/12/09, mas sofreu um correção logo em seguida trazendo-a novamente aos níveis de 17/11/09.

Esse comportamento seria interpretado por mim, como um sinal normal de fraqueza do mercado, nada de espetacular. Mas aí dois agravantes chamam a minha atenção: Dollar e época do ano.

O Dollar, que usualmente anda em sentido contrário ao IBOV vem acumulando e sinalizando falsos rompimentos altistas há algumas semanas, sinalizando que os compradores estão acordando (mas ainda não confirmou) e em paralelo a isto, nesta época do ano grandes gestores e fundos buscam manter altos seus bônus de fim de ano (que este ano serão bem gordos) se esforçando para manter o mercado alto, mas sem fôlego para novas subidas.

Em resumo, cuidado com a ressaca de ano novo. Se de fato os níveis atuais vêm sendo mantidos com este esforço, depois do pagamento dos bônus poderemos ter um correção mais acentuada, a mesma que eu já venho aguardando há algum tempo e que, embora tenha fortes sinais gráficos, ainda não confirmou.


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Matheus Massari
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Livro - Investindo em Ações com Estratégia e Disciplina

O mercado financeiro nacional vem se desenvolvendo e com isso novos profissionais apresentam sua metodologia e técnica.

Este é o caso de "Investindo em Ações com Estratégia e Disciplina", um livro bem focado no mercado nacional e escrito por um brasileiro.

Recomendo a leitura deste livro que fornece uma base ampla de conhecimentos sobre diversas áreas do mercado de renda variável, bem no estil livro de apoio a cursos de pós e MBA.

Boa leitura e parabéns ao Carlos A. H. Brum pelo lançamento.

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Matheus Massari
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Entrevista - Revista InvestMais Dez/09


MAT HEUS MASSARI


“O mercado de ações é o patrão mais justo que existe”

p o r  F R A NC I S C O  T R AMU JA S


O professor Matheus Massari teve o primeiro contato com o Mercado de Capitais ainda na faculdade, mas só começou a operar no mercado financeiro em meados de 2005, quando pediu demissão de um cargo de gerência para trabalhar um tempo como trader. Hoje, além de operar diretamente no mercado de ações, Massari ensina estratégias e técnicas de investimento no curso de imersão para trader profissional pela Trader Brasil Escola de Investidores.

O que te atraiu para o mercado de ações?

O mercado financeiro tem várias vantagens se comparado ao trabalho convencional. Nele, não temos de encarar problemas com fornecedores, clientes, colegas de trabalho ou qualquer outro similar. Além disso, o mercado é o patrão mais justo que existe, pois paga sempre pela qualidade de seu trabalho. Se você for competente, será, inevitavelmente, bem pago. Então, não há desculpas,como: “Não tive a oportunidade de ser promovido” ou “Não sou pago o suficiente por meu trabalho”. São essas características que realmente me chamaram atenção e, é claro, as vantagens de horário e local de trabalho flexíveis.

Que fato mais o marcou no mercado financeiro?

Sem sombra de dúvidas, foram as consequências da crise imobiliária. Foi um fato mundialmente marcante, mas que, devido ao know-how adquirido, soube lidar com a situação saindo com bons ganhos do que, para muitos, foi um grande desastre financeiro.

Em algum momento você já teve vontade de sair da bolsa?

Como tudo na vida, a prática gera melhores resultados. Mas algumas frustrações do início me fizeram repensar se minha escolha havia sido acertada. Ainda bem que persisti!

Você se considera um investidor conservador, moderado ou arrojado?

Conservador. A melhor maneira de enriquecer é por meio de ganhos consistentes. De nada adianta ganhar muito em um mês e perder quase tudo no mês seguinte devido à exposição ao risco.

Quanto dos seus investimentos são em bolsa?

Isso varia durante o ano, mas não ultrapasso os 25%.

Você investe sozinho e/ou por meio de clubes de investimento?

Sozinho.

O seu projeto de investimento é de curto, médio ou longo prazo?

Curto e longo prazos. Parte dos meus ganhos contribui para as minhas despesas do mês, e o restante para o meu plano de aposentadoria.

Antes de iniciar os investimentos, qual é a sua preocupação?

Limitar o risco. Grandes ganhos não vêm, obrigatoriamente, atrelados a grandes riscos.

Por que investir na bolsa?

Cada vez mais vemos a renda fixa perder rentabilidade. Observamos isso em países desenvolvidos, em que  taxas de juros pagas são muito baixas. Como o Brasil caminha para um desenvolvimento de maneira consistente, as receitas em renda fixa são e serão mais ralas a cada ano, e a renda variável vem a compensar esse desequilíbrio.

Como você escolhe as empresas as quais irá investir?

Faço um trabalho de filtragem por meio da análise fundamentalista e de cenários macroeconômicos. As empresas interessantes são colocadas em meu “radar” e, a partir daí, analiso-as graficamente.

O que você analisa antes de comprar uma ação?

Liquidez é essencial. Poder entrar e sair da operação em qualquer momento é algo que realmente considero importante. Além disso, a empresa deve ter boa volatilidade para que possa gerar bons ganhos rapidamente.

Suas ações caíram, e agora?

Só opero, seja como “comprado” (ter uma posição em que você ganhe na alta) ou “vendido” (ter uma posição em que você ganhe na baixa), com um planejamento “montado”. Nesse planejamento, consta qual será o meu objetivo de ganho e o ponto em que jogo a toalha caso esteja errado. Em resumo, sempre sigo meu plano, mesmo que isso doa.

Com que frequência você verifica suas ações e rentabilidade?

Varia de acordo com a operação. Em meu planejamento, eu tenho, por meio da análise técnica, um referencial de tempo, de duração da operação. De nada adianta checar o andamento a cada 15 minutos se a duração prevista da sua operação é de sete semanas.

Qual é o segredo para se manter tranquilo nesse momento de crise?

Conhecimento. Para o leigo, é difícil entender que é possível ganhar dinheiro com o mercado em baixa, mas alguém com o mínimo de conhecimento na área sabe que se pode operar “vendido”. Essa operação não é a de venda comum, é uma operação que permite ganhar dinheiro à medida que o mercado cai. Vale a pena se instruir!

Qual é o conselho que você daria aos novos investidores?

Não há dinheiro fácil. Estudem e serão pagos pela qualidade de seu trabalho.

Como você viu a crise? Podemos dizer que o pior já passou?

Há um ditado que diz: “Nada que está muito bom pode melhorar”. A recuperação do mercado foi muito rápida e, por isso, é esperada uma nova correção. Basta imaginar que quem foi escaldado com a crise e viu seu dinheiro recuperar parte do fôlego está preocupado em, ao menor sinal de queda, proteger seu dinheiro e não cometer o mesmo erro do pré-crise, ou seja, no primeiro vacilo do mercado, uma grande massa de investidores venderá suas posições e o mercado derreterá mais um pouco.
Mas, mesmo assim, acredito que o pior já passou, e essa correção não será como um outro apocalipse, e sim apenas um ajuste mais agressivo dos preços.

Qual é a sua estratégia para obter bons resultados?

A mesma de antes: planejar e executar o planejado.

Como escolher a melhor corretora?
Há várias corretoras com vantagens e desvantagens que completam as necessidades de cada perfil de investidor, cabe a cada um a escolha.

Você investe em IPOs?

Não costumo, porque meu planejamento fica falho uma vez que não tenho gráfico dos papéis que ainda serão negociados.

Pequenas ou grandes empresas, qual delas você prefere?

Blue chips, porque as grandes empresas têm maior liquidez.

Qual é a mensagem que você gostaria de deixar aos investidores?

Canja de galinha e uso de stop loss (ordem de venda automática) não faz mal a ninguém.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Princípio do fim?

Uma das principais razões de minha agressividade para sair do trade em VALE5 deve-se ao fato de que o IBOV está testando o teto de um canal que vem sendo respeitado desde a retomada da subida.


IBOV - 16/10/09

Acima o gráfico semanal com o canal traçado e já apresentando sintomas de fraqueza na subida (dia de hoje). Preparem trades de baixa após a confirmação da correção.

Nadem sempre a favor da correnteza.




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Matheus Massari
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Fim de trade em Vale5


Com a vale atingindo a casa dos R$ 41,00 ajustei meu stop de maneira agressiva e encerrei o restante de minha posição R$ 40,91.

Para os que já fizeram treinamento comigo, sabem de minhas orientações quanto a não perder dinheiro. Por isso optei por garantir meus ganhos ao invés de querer impor ao mercado os centavos restantes de minha projeção original.

Dinheiro bom é no bolso, não na bolsa.

Espero que todos o tenham aproveitado o trade.


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Matheus Massari
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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Próxima correção na Bolsa


Alguns operadores e analístas de mercado estão preocupados com a rápida recuperação pós crise que vem sendo vista na Bovespa.

Essa retomada da alta da ações é resultado de uma expectativa muito positiva para nossos ativos, porém há o receio de que ela gere uma correção (queda) também muito forte.

Basta entendermos a seguinte lógica: a Bovespa acumula alta de mais de 60% em 2009. Com um ganho tão expressivo, os grandes investidores estão receosos em devolvê-lo ao mercado e, atentos aos sinais de fraqueza da súbida, pretendem verder sua posições e realizar o lucro.

Você faria diferente? Nem eu.

É certo que a Bovespa superando os 62k mostra novo fôlego, mas cuidado; como diria o caipira: "Nada que tá muito bão pode miorá."


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Matheus Massari
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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vale5 - iniciando a gestão do trade


Para quem seguiu a sugestão de trade colocado no post anterior, deve-se proteger os ganhos e zerar o risco.

Com o ponto de entrada em 34,85, VALE5 já atingiu a zona de 50% de Fibonacci, portanto, parte da posição deverá ser zerada (mínimo de 50%) e o Stop Loss puxado para o ponto de equilíbrio (Pto de entrada + despesas de corretagem e emolumentos por ação).

Desta maneira o operador garantirá no mínimo 25% do lucro no trade (50% da posição zerada com 50% de lucro) e deixará o restante com risco zero, já que estará acima do Ponto de Entrada, aguardando ser stopado ou atingir a zona dos 100% de ganho.

Vejamos os dois cenários:

Disparando o stop loss:
Vd 50% do trade com 50% do lucro = 25% de ganho
Vd 50% do trade no Ponto de equilíbrio = 0%
Resultado do trade = 25% de ganho do trade

Alcançando o objetivo:
Vd 50% do trade com 50% do lucro = 25% de ganho
Vd 50% do trade próx. 100% do lucro = 50% de ganho
Resultado do trade = 75% de ganho do trade

A idéia geral aqui é garantir que o trade seja lucrativo (mínimo de 25%) e buscar mais 50% com risco zero*

* sabe-se que o stop, mesmo o automático, deve ser monitorando pois corre o risco de não ser exercido em algumas circunstâncias.

Colocando em valores:
Quem entrou a um preço médio de R$ 34,85 e realizou a R$ 36,85 conseguiu 2,00 por ação! Ou seja, aproximadamente 5% em 3 semanas!

Nos cenários acima teríamos:

Disparando o Stop Loss:
Retorno de aprox. 2,5%

Alcançando o objetivo:
Retorno de aprox. 11% (2,5% da primeira metade + 8,5% da segunda metade)



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Matheus Massari
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vale5 - Rompendo Triangulo Semanal


Vale5 testou e está em vias de confirmar o rompimento de um triângulo altista (ascendente) no semanal.

Stop Loss em 33,28 / Entrada em 34,85 / Objetivo1 37,42 - Objetivo2 em 41,13
Relação Risco x Retorno no Objetivo2 de 4

Orientação do trade: venda parte de sua posição na região do Objetivo1, ajuste seu Stop Loss acima do ponto de equilíbrio e aguarde stopar ou atingir a região do Objtivo2.

Bons trades,

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Matheus Massari
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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A Consistência de Ganhos


Bem, quem já leu meu blog ou teve aulas comigo sabe a opinião que tenho sobre comprar um ativo e "deixar para o longo prazo".

Em minhas aulas explico aos alunos que essa conversa de longo prazo é, em minha opinião, uma interpretação errada sobre o fato de que juros compostos geram um crescimento de ganhos exponenciais. Trocando em miúdos, dinheiro faz dinheiro e quanto mais tempo, mais dinheiro é gerado e com mais dinheiro gera-se mais dinheiro ainda. É um círculo virtuoso de aumentar riqueza.

Concordo com isso abertamente, afinal isto é um fato matemático comprovado. Mas aí vem a deturpação da ideia. "Deixar o dinheiro na bolsa me trará o mesmo resultado?" A resposta é: Nem a pau!

As cotações no mercado financeiro oscilam entre ganhos e perdas. De fato, a maior parte dos papeis listados, mesmo oscilando, acumulam ganhos - afinal, espera-se que uma empresa cresça e não encolha. Mas mesmo no longo prazo essas fases de resultados negativos geram retardamento sobre o aumento do capital.

Veja abaixo a comparação entre a PETR4 (por muitos leigos considerada a melhor empresa da BOVESPA - digna do "comprar e deixar para o longo prazo") e a curva de ganhos de um operador com 2,55% a.m. em um período de 10 anos (um tanto longo prazo, correto?)

Reparem que a PETR4 embora tenha aumentado a volatilidade - oscilando cada vez mais forte - ainda assim perde no longo prazo para a consistência de ganhos.
Em outras palavras, a consistência de ganhos é o segredo de investimento no longo prazo com sucesso. A pergunta, aparentemente estúpida, vem à tona: Ganha-se dinheiro comprado em um papel que está caindo?
Busque a consistência de ganhos e terá sucesso no longo prazo.
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Matheus Massari
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Corretora: Como escolher?


Uma questão recorrente, principalmente para quem está dando os primeiros passos no mercado é: Qual a melhor corretora?

Meu objetivo neste post é apresentar características que devem ser consideradas para a escolha de uma corretora.

Normalmente o novato pensa em considerar apenas o valor da corretagem, mas este não é o único, nem o mais importante fator a ser considerado.

Então vamos lá:

Tipos de ordem:
* A corretora fornece a opção de usar, pelo menos, ordens de STOP LOSS e START ?

Tipos de operações:
* A corretora permite a execução de venda coberta? E venda descoberta?

Limites e alavancagem:
* A corretora fornece crédito / limite operacional / alavancagem?

Custos:
* A corretora cobra taxa de custódia? Manutenção de conta? Qual o valor de corretagem? Há descontos na corretagem?

Estabilidade do sistema (Home Broker) e Atendimento:
* O HB é estável ou trava com frequência? Quando for necessário contato via telefone, o atendimento é rápido?

Para os operadores de opções:
* O envio de ordem é rápido e a interface do HB ou EB facilita seu trabalho (ganho de tempo)?
* É possível montar uma trava (ou outra estratégia) vendendo a primeira perna antes da compra da outra? (isso pode gerar boas oportunidades de ganhos)

Enfim, espero ter mostrado que há mais a ser considerado do que simplesmente a corretagem.

Um vendedor, antigo colega de uma empresa em que trabalhei, dizia: "Caro é algo que não atende suas necessidades". Em outras palavras, só corretagem barata, sem recursos operacionais, pode sair muito cara devido a limitação operacional.

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Matheus Massari
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sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre investir em ações


Essa semana ouvi uma piadinha de um amigo investidor: "Para conseguir uma pequena fortuna no mercado de ações, basta investir uma grande fortuna".

Essa é uma dura verdade para (estima-se) 70% dos participantes do mercado.

Pois é, 70% dos participantes cedem, gentilmente, o seu dinheiro aos 30% restantes. Esse fluxo de dinheiro é muito mais rápido e intenso nos mercados derivativos, mas também é existente no de ações, afinal, para alguém ganhar, alguém deve perder.

A pergunta é: O que difere os 30% dos 70%?

A resposta é simples: Conhecimento.

O Brasil é uma criança no que diz respeito ao conhecimento técnico sobre mercado. Ainda há por aqui o esteriótipo de jogo (veja: http://analisedeacoes.blogspot.com/2008/01/o-jogo-ou-no-jogo.html ) e infelizmente, é mantida a má educação no mercado.

Pasmem, investidores ganham, mantem e ampliam suas fortunas no mercado através do uso sistemático e repetitivo de técnicas. Portanto, os 30% citados acima são sempre os mesmos; ou seja, os que investiram principalmente em conhecimento.

Chegaria a ser cômico apreciar a ignorância dos 70% se não fosse lamentável o conformismo sobre sua situação de vítima do mercado.

Enfim, obrigado a todos que mantem sua condição de "caça", porque são eles que me permitem manter minha consistência de ganhos.

 Como disse o Bernardinho: “A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. Vencer será conseqüência da boa preparação”.

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Matheus Massari
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Petrobrás para a vida toda?

Aproveitando o último post sobre os adeptos do "mercado sempre volta".

A Petrobrás é uma das empresas de maior procura pelos adeptos desta linha de conduta, então resolvi usá-la para quebrar o paradigma de empresa perpétua, de investimento certo e garantido.

É muito grande o consumo, no Brasil, de derivados de petróleo como combustível para meios de transporte. Esta é com certeza uma parte relevante do mercado consumidor da Petrobrás, uma vez que, ao contrário de outros países possuímos uma matriz energética limpa e não temos o hábito de consumir combustíveis derivados de petróleo para aquecimento doméstico.

E se esse mercado fosse atingido de maneira agressiva por um produto substituto?


* Há também anuncios de carros movidos a hidrogênio feitos pela Mercedes-Benz e outras montadoras.


Além da "mordida" em um mercado consumidor relevante, vivemos uma fase onde a pressão por energias limpas se torna cada vez mais intensa e necessária.

Não quero dizer que a Petro é uma empresa ruim, ou ainda que não deve ser comprada. Apenas quero destacar que não há nada garantido eternamente. Seja por mudança no perfil de consumo, seja por escândalos (caso Enron - http://en.wikipedia.org/wiki/Enron#Accounting_scandal_of_2001 ) ou quaisquer outras causas, não existe esse negócio de empresa tão sólida que dispense o uso de stop e um planejamento de objetivo prévio.

Investir com sucesso não é comprar e torcer pra subir baseado no que seu vizinho disse, seu "amigo" da corretora ou seu papagaio. Investir com sucesso exige algo que somos constantemente incentivados a não fazer: a pensar.

Lembre-se: Think outside the box.

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Matheus Massari
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Até bicho aprende!

É impressionante o comodismo do ser humano.


Uma característica comum pré-crise era a do investidor que comprava uma ação e, mesmo que ela recuasse para zona de prejuízo ele não se preocupava porque acreditava que o "mercado sempre volta".

E então veio a crise. Destruindo alguns anos de investimento, trazendo alguns ativos á valores de 3 ou 4 anos atrás (ou até mais). Desesperados alguns venderam as posições com enormes prejuízos, enquanto outros ficaram paralisados pela dor de perder tanto dinheiro. Lição dura; da qual até bicho aprenderia a se proteger.

Então inicia-se a recuperação dos papeis, que de modo geral deverá ser uma subida muito mais vagarosa do que foi a descida, levando um bom tempo até retomar os níveis pré-crise, ou seja, ao dinheiro que se tinha antes. E eis que ressurgem os adeptos do "mercado sempre volta".

Eu não tenho nada contra a estratégia Buy-and-Hold, desde que você seja eterno. Afinal esperar mais 3 ou 4 anos apenas para voltar a ter o dinheiro que se tinha é algo irrelevante se você é eterno.

Brincadeiras a parte, operados desta linha que são respeitados possuem um profundo conhecimento sobre a empresa, seu mercado e seus detalhes, eles não torcem simplesmente para que o mercado volte. Outra razão para que mantenham este tipo de operação deve-se ao volume operado. Algumas centenas de milhões são bem difíceis de movimentar num curto espaço de tempo. Mas mesmo um "Buy-and-Holder" possui estratégias de Hedge (proteção) de seu patrimônio e não assiste passivamente seu dinheiro virar pó.
* Todo operador de mercado que se preze procura, primeiramente, não perder dinheiro. O ganho virá como consequência. *

Em resumo, se você não é um profundo conhecedor da empresa, seu mercado e seus detalhes, ou não possui um montante imenso de dinheiro com proteção, você não é um Buy-and-Holder, você é um torcedor.

Aprender a operar é o mínimo que deve ser feito se seu objetivo é acumular riqueza no mercado financeiro.

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Matheus Massari
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sábado, 30 de maio de 2009

Warren Buffet sobre a nova crise

Matéria interessante que mostra a importância da análise macroeconômica para o investidor.

Boa leitura.

Warren Buffet e a próxima crise
Brasil
Autor(es): Ricardo Balthazar
Valor Econômico - 08/05/2009



No sábado, dia 2, o bilionário Warren Buffett abriu a assembleia anual dos acionistas da empresa que administra seus investimentos projetando uma imagem desconcertante nos telões do ginásio em que a reunião ocorreu. Ele mostrou o recibo de uma transação concluída no dia 18 de dezembro, quando a Berkshire Hathaway vendeu US$ 5 milhões em títulos do Tesouro americano para um investidor que aceitou pagar US$ 5.000.090,97 pelos papéis, que só poderiam ser resgatados quase quatro meses mais tarde.
Como Buffett observou, esse investidor teria economizado US$ 90,97 se tivesse guardado seu dinheiro embaixo do colchão por quatro meses em vez de fazer negócios com a Berkshire naquele dia. Mas transações como essa foram comuns em meio ao alvoroço que tomou conta dos mercados financeiros no fim do ano passado, quando o pânico entre os investidores aumentou tanto a procura pelos títulos do Tesouro americano que eles atraíram interesse mesmo sem oferecer rendimento nenhum. "Talvez nunca mais vejamos isso de novo em nossas vidas", disse Buffett no sábado.
Buffett não sabe quando vai se recuperar dos prejuízos que sofreu nos últimos meses, mas já está preocupado com a próxima crise. Ele acha que as medidas adotadas para estabilizar o sistema financeiro nos Estados Unidos vão alimentar um processo inflacionário que as autoridades terão dificuldade para conter, e acredita que o crescente endividamento do governo americano se revelará insustentável quando a fase mais aguda da crise passar. "A inflação é quase uma certeza", disse Buffett. "É o jeito mais fácil de pagar essas coisas."
A volta da inflação pode parecer improvável agora, com o noticiário cheio de histórias de empresas que não conseguem vender seus produtos e trabalhadores que aceitam reduzir o próprio salário para preservar o emprego. Mas muitos economistas temem que ela volte a mostrar os dentes justamente quando o mundo começar a se levantar do tombo que levou, prejudicando sua capacidade de voltar a crescer de maneira saudável.
O Tesouro e o Federal Reserve, o banco central americano, injetaram trilhões de dólares na economia nos últimos meses para reativar os mercados de crédito, capitalizar bancos em apuros e reanimar a atividade econômica. Um efeito disso foi a explosão do endividamento do país. As projeções mais recentes indicam que a dívida pública americana saltará para 54% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e alcançará 62% do PIB no próximo, seu nível mais elevado desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Calcula-se que o Tesouro precisará captar US$ 2 trilhões no mercado para financiar suas despesas somente neste ano. O governo não tem encontrado dificuldades para achar gente disposta a lhe emprestar dinheiro. Seus títulos continuam sendo vistos pelos investidores como as aplicações mais seguras da praça. Os rendimentos oferecidos pelo Tesouro aos compradores dos papéis subiram desde a virada do ano, mas continuam em níveis historicamente baixos.
Mas ninguém acredita que essa posição confortável vai durar para sempre. A recuperação da economia criará novas oportunidades para os investidores, que aos poucos voltarão a assumir riscos maiores e passarão a cobrar mais caro para continuar financiando o Tesouro. A China, que hoje é o maior credor dos EUA, está preocupada com o risco de que suas reservas em dólar se desvalorizem e tem procurado diversificar seus investimentos.
A volta da inflação aos EUA geraria complicações sérias para a China. O governo chinês acumulou nos últimos anos cerca de US$ 2 trilhões em reservas e estima-se que dois terços desse dinheiro estejam aplicados em títulos do Tesouro americano e outros ativos em dólar. Esses papéis perderão seu valor se a inflação voltar nos EUA. Como Buffett observou no sábado, os riscos aos quais a China está exposta são maiores que os dos contribuintes americanos, já que ninguém até agora pensou em aumentar impostos para fazê-los pagar uma fatia maior da conta dos planos de combate à crise.
Buffett votou em Barack Obama para presidente, reconhece o esforço que as autoridades têm feito para reerguer a economia e disse aos acionistas da Berkshire no sábado que seria absurdo exigir "perfeição" do governo numa hora dessas. Mas ele também está preocupado com as desvantagens que as políticas implementadas pelo Tesouro e pelo Fed têm criado para seus negócios.
Algumas instituições financeiras socorridas pelo governo nos últimos meses conseguem hoje em dia captar recursos no mercado em condições melhores do que Buffett, graças à bênção oficial. O lendário investidor, que nunca deu calote em ninguém e recentemente teve seu crédito rebaixado pelas agências de classificação de risco, está visivelmente incomodado com a situação. "Desgrudar essas instituições das tetas públicas será um desafio político", escreveu Buffett em fevereiro, na carta anual para os acionistas da Berkshire. "Eles não irão embora por livre e espontânea vontade."

Sem reais na carteira
Buffett ganhou um bom dinheiro apostando no real há alguns anos, mas tudo indica que ele liquidou as posições que tinha. Na carta que escreveu para os acionistas da Berkshire em 2007, o investidor manifestou espanto com a contínua valorização do real em relação ao dólar nos anos anteriores e revelou que havia comprado reais. A revista "Fortune" estimou em US$ 100 milhões o ganho que o investimento lhe teria proporcionado. Numa entrevista para jornalistas no domingo, Buffett disse que desfez as aplicações que tinha em moedas estrangeiras. Ele indicou que hoje em dia está mais interessado em explorar oportunidades que estão aparecendo no mercado americano com a crise, mas não descartou a possibilidade de fazer novas aquisições no exterior. Buffett comprou recentemente 10% de uma fábrica de carros elétricos na China e tem 5% das ações da siderúrgica coreana Posco, mas não tem investimentos relevantes no Brasil atualmente.

Ricardo Balthazar é correspondente em Washington
E-mail ricardo.balthazar@valor.com.br

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Matheus Massari
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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Onde estamos? Para onde vamos?

É coerente imaginarmos que em fases econômicas diferentes, setores distintos sejam beneficiados de maneiras diferentes. Correto?

Por exemplo, com a economia em seu ápice, a todo vapor, empresas de serviços como TV a cabo, seguradoras e planos de saúde têm maior demanda, uma vez que com a economia forte, há mais dinheiro no bolso de seus clientes.


Essa linha de raciocínio, um tanto lógica, baseia a teoria formulada por Sam Stovall, resumidamente apresentada no gráfico:



A linha vermelha representa o ciclo do mercado e a verde o ciclo econômico

No momentos estamos entre a faixa de Early Recession e Full Recession e segundo a teoria, são exemplos de setores beneficiados nesta fase: financeiro e cíclico.

Essa é uma abordagem muito interessante para que o operador/investidor possa se situar sobre as perspectivas de cada setor.

Este assunto é abordado de maneira completa pela Trader Brasil - Escola de Investidores (www.traderbrasil.com ) em seu curso de Análise Técnica Avançada.

Como característica minha, procuro comentar e usar abordagens tragam grande funcionalidade para o trader e, por isso, fiz questão de destacar este assunto.

Espero que tenham gostado.

Abs.

Matheus Massari

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dinheiro nas mãos de terceiros


Recebi um email de um aluno, desta vez de J. Adalberto Ferreira - SP, comentando sobre o caso de investidores entrando na justiça contra seus antigos gestores. A matéria é restrita a assinantes da Folha, mas para quem tiver acesso, o título é: Após perda na Bolsa, investidor vai à Justiça.

Uma coisa que insisto sempre é na importância em gerirmos nossos próprios investimentos.
Na minha opinião é, no mínimo, contraditório trabalharmos para ganhar dinheiro, e em seguida, entregarmos a grana (diga-se de passagem, suada) à alguém para que ele corra os riscos de erros e acertos.

A justificativa mais usada para essa conduta é a de que o cidadão não tem tempo de gerir seus próprios recursos. Ledo engano, afinal há diversas modalidades de operações, desde curtíssimas às de longuíssimos prazos. Isso me lembra uma frase de minha mãe: "Tempo é questão de preferência." - Se você prefere usar seu tempo para trabalhar em demasia e entregar seus frutos para que um terceiro o administre, boa sorte.

Outra justificativa muito comum para esta postura é a de que o outro tem mais conhecimento que você. Neste caso, vou plagiar minha mãe: "Conhecimento é questão de preferência." - Em outras palavras, não há o que justifique delegar o resultado de seu esforço a outro.

Agora, culpar o gestor???????? Neste caso específico há um agravante: o gestor não estava adequadamente apto para o exercício desta função. Mas ainda assim, vejo como grande responsável pela situação o investidor, que de maneira inconsequente, "deu" seu dinheiro para um terceiro, sem nem ao menos, certificar-se de quem era o terceiro. Absurdo? Infelizmente realidade.

Agora pense comigo. Você não está fazendo o mesmo? Você conhece o gestor de seu fundo de ações no banco? Do multimercado?

Bem, no final, a decisão de onde enviar seu dinheiro é sempre sua. Só faço um pedido, não reclame depois.



[ ]'s e feliz Páscoa,


Matheus Massari

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Crise Subprime


Um aluno (José Alfredo - Salvador/BA) me apresentou este video e achei uma grande sacada, tanto no bom humor, quanto na informação contida nele.

Reparem que mesmo dito de uma maneira sarcástica, a verdade é nítida: Cuide você mesmo de seu dinheiro.

Fundos de investimentos tradicionais possuem regras estatutárias que limitam sua capacidade de manobra em momentos críticos, além disso, quem delega os cuidados de seus investimentos a terceiros, será tratado como apenas mais um número quando algum problema acontecer.

Espero que meus alunos continuem com o objetivo que os levou a iniciar a educação financeira, e mantenham o controle de seu dinheiro.



[ ]'s

Matheus Massari