quinta-feira, 9 de abril de 2009

Dinheiro nas mãos de terceiros


Recebi um email de um aluno, desta vez de J. Adalberto Ferreira - SP, comentando sobre o caso de investidores entrando na justiça contra seus antigos gestores. A matéria é restrita a assinantes da Folha, mas para quem tiver acesso, o título é: Após perda na Bolsa, investidor vai à Justiça.

Uma coisa que insisto sempre é na importância em gerirmos nossos próprios investimentos.
Na minha opinião é, no mínimo, contraditório trabalharmos para ganhar dinheiro, e em seguida, entregarmos a grana (diga-se de passagem, suada) à alguém para que ele corra os riscos de erros e acertos.

A justificativa mais usada para essa conduta é a de que o cidadão não tem tempo de gerir seus próprios recursos. Ledo engano, afinal há diversas modalidades de operações, desde curtíssimas às de longuíssimos prazos. Isso me lembra uma frase de minha mãe: "Tempo é questão de preferência." - Se você prefere usar seu tempo para trabalhar em demasia e entregar seus frutos para que um terceiro o administre, boa sorte.

Outra justificativa muito comum para esta postura é a de que o outro tem mais conhecimento que você. Neste caso, vou plagiar minha mãe: "Conhecimento é questão de preferência." - Em outras palavras, não há o que justifique delegar o resultado de seu esforço a outro.

Agora, culpar o gestor???????? Neste caso específico há um agravante: o gestor não estava adequadamente apto para o exercício desta função. Mas ainda assim, vejo como grande responsável pela situação o investidor, que de maneira inconsequente, "deu" seu dinheiro para um terceiro, sem nem ao menos, certificar-se de quem era o terceiro. Absurdo? Infelizmente realidade.

Agora pense comigo. Você não está fazendo o mesmo? Você conhece o gestor de seu fundo de ações no banco? Do multimercado?

Bem, no final, a decisão de onde enviar seu dinheiro é sempre sua. Só faço um pedido, não reclame depois.



[ ]'s e feliz Páscoa,


Matheus Massari

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