Durante décadas tivemos o Dólar americano como moeda de referência mundial. O que refletia bem a solidez da economia americana. Desde a formação da União Européia, aqueles países vêm buscando firmar o EURO como referência mundial.
Até aí, a transição vinha sendo sutil e controlada. Tudo seguia o curso natural.
A própria crise americana vinha contribuindo para essa mudança. Afinal os Estados Unidos não têm mais, hoje, o mesmo vigor econômico do período pós 2ª Guerra. Sua substituição pelo EURO vinha sendo reforçada.
Mas, eis que surge a Grécia. Sua crise põe à prova a UE, dividindo opiniões sobre o resgate e ameaçando o entrosamento de seus membros e, conseqüentemente, colocando em xeque a solidez do EURO.
O raciocínio que estou desenvolvendo aqui é: Qual será a referência monetária mundial caso a crise grega comprometa de fato a UE e sua moeda?
Vale à pena pensar nisso. O mundo nunca ficou sem um "fiel da balança" econômico.
Até Bretton Woods, tínhamos o ouro como referência de valor, após 1971 temos o US$, e hoje, o principal candidato ao posto está ameaçado.
A Grécia pode ser o estopim de algo muito mais catastrófico do que a Crise do Sub Prime, porque desta vez, não é mais um sintoma da doença em um país já doente. Agora, quem ameaça adoecer é o médico.
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Matheus Massari, CNPI
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