segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

É jogo ou não é jogo?

Um debate comum sobre Bolsa de Valores é a sua rotulação como jogo ou não.
Isto é mais frequente quando o debate acontece com alguém de mais idade. Isto porque quando essas pessoas se aventuraram na Bolsa de Valores nacional, não encontraram, na época, nenhum tipo de suporte ou lógica em seus atos. Apenas se expunham ao risco. Apenas jogavam.

Para se ter uma noção, basta imaginar a qualidade das informações, a agilidade do trade e outras tantas características que hoje são tão importantes, a décadas atrás. Muitas simplesmente não existiam.

Acontece que há outro lado nessa moeda. A geração atual é a geração "videogame". Para esta geração, tudo pode ser interpretado como jogo. Desde os estudos, o trabalho, até relacionamentos são "jogos" onde se marcam pontos ou não, onde se passa de fase ou não.

Enfim tudo é possível ser visto como jogo.

O grande problema está quando se usa o termo "jogo" de maneira pejorativa.
Imagine uma corrida de cavalos. Via de regra, trata-se de um jogo onde o apostador uma vez "comprado" arrisca 100% do dinheiro investido e não pode voltar atrás em nenhum momento.
Agora, imagine que hipotéticamente, o apostador pudesse entrar no jogo mesmo depois da corrida iniciada e decidisse comprar um bilhete de aposta do cavalo vencedor apenas alguns segundos antes dele cruzar a linha, de maneira que fosse impossível perder a aposta ou que as chances fossem muito favoráveis. Isso ainda seria um jogo? Tecnicamente sim, mas na verdade, seria uma grande OPORTUNIDADE.

Imagine ainda que o apostador pudesse exigir seu prêmio e sair da aposta a qualquer momento da corrida, mesmo antes da chegada. Imagine que o seu cavalo acaba de tomar a liderança e por isso o apostador resolve "liquidar" a posição e ir pra casa com parte do ganho, mesmo antes do fim da corrida. Isso também seria uma OPORTUNIDADE.

Ou ainda, imagine que o cavalo que estava em primeiro, perca uma posição, caindo para o segundo lugar. E o apostador resolve sair do jogo com parte do ganho, proporcional ao segundo colocado. Isto também seria uma OPORTUNIDADE.

Em outras palavras, para a geração "videogame" tudo é jogo, mas alguns possuem tantas oportunidades que classificá-los meramente como "jogos" não é algo muito bem visto.

É óbvio que a Bolsa gera perdedores. Mas cite-me um negócio, seja comércio, industria ou serviço que não gere seus perdedores; que ninguém fracasse.

Para concluir, considerado jogo ou não, a Bolsa de Valores é uma tremenda oportunidade.

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Matheus Massari

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