sábado, 29 de agosto de 2009

Sobre investir em ações


Essa semana ouvi uma piadinha de um amigo investidor: "Para conseguir uma pequena fortuna no mercado de ações, basta investir uma grande fortuna".

Essa é uma dura verdade para (estima-se) 70% dos participantes do mercado.

Pois é, 70% dos participantes cedem, gentilmente, o seu dinheiro aos 30% restantes. Esse fluxo de dinheiro é muito mais rápido e intenso nos mercados derivativos, mas também é existente no de ações, afinal, para alguém ganhar, alguém deve perder.

A pergunta é: O que difere os 30% dos 70%?

A resposta é simples: Conhecimento.

O Brasil é uma criança no que diz respeito ao conhecimento técnico sobre mercado. Ainda há por aqui o esteriótipo de jogo (veja: http://analisedeacoes.blogspot.com/2008/01/o-jogo-ou-no-jogo.html ) e infelizmente, é mantida a má educação no mercado.

Pasmem, investidores ganham, mantem e ampliam suas fortunas no mercado através do uso sistemático e repetitivo de técnicas. Portanto, os 30% citados acima são sempre os mesmos; ou seja, os que investiram principalmente em conhecimento.

Chegaria a ser cômico apreciar a ignorância dos 70% se não fosse lamentável o conformismo sobre sua situação de vítima do mercado.

Enfim, obrigado a todos que mantem sua condição de "caça", porque são eles que me permitem manter minha consistência de ganhos.

 Como disse o Bernardinho: “A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade de vencer. Vencer será conseqüência da boa preparação”.

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Matheus Massari
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Petrobrás para a vida toda?

Aproveitando o último post sobre os adeptos do "mercado sempre volta".

A Petrobrás é uma das empresas de maior procura pelos adeptos desta linha de conduta, então resolvi usá-la para quebrar o paradigma de empresa perpétua, de investimento certo e garantido.

É muito grande o consumo, no Brasil, de derivados de petróleo como combustível para meios de transporte. Esta é com certeza uma parte relevante do mercado consumidor da Petrobrás, uma vez que, ao contrário de outros países possuímos uma matriz energética limpa e não temos o hábito de consumir combustíveis derivados de petróleo para aquecimento doméstico.

E se esse mercado fosse atingido de maneira agressiva por um produto substituto?


* Há também anuncios de carros movidos a hidrogênio feitos pela Mercedes-Benz e outras montadoras.


Além da "mordida" em um mercado consumidor relevante, vivemos uma fase onde a pressão por energias limpas se torna cada vez mais intensa e necessária.

Não quero dizer que a Petro é uma empresa ruim, ou ainda que não deve ser comprada. Apenas quero destacar que não há nada garantido eternamente. Seja por mudança no perfil de consumo, seja por escândalos (caso Enron - http://en.wikipedia.org/wiki/Enron#Accounting_scandal_of_2001 ) ou quaisquer outras causas, não existe esse negócio de empresa tão sólida que dispense o uso de stop e um planejamento de objetivo prévio.

Investir com sucesso não é comprar e torcer pra subir baseado no que seu vizinho disse, seu "amigo" da corretora ou seu papagaio. Investir com sucesso exige algo que somos constantemente incentivados a não fazer: a pensar.

Lembre-se: Think outside the box.

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Matheus Massari
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Até bicho aprende!

É impressionante o comodismo do ser humano.


Uma característica comum pré-crise era a do investidor que comprava uma ação e, mesmo que ela recuasse para zona de prejuízo ele não se preocupava porque acreditava que o "mercado sempre volta".

E então veio a crise. Destruindo alguns anos de investimento, trazendo alguns ativos á valores de 3 ou 4 anos atrás (ou até mais). Desesperados alguns venderam as posições com enormes prejuízos, enquanto outros ficaram paralisados pela dor de perder tanto dinheiro. Lição dura; da qual até bicho aprenderia a se proteger.

Então inicia-se a recuperação dos papeis, que de modo geral deverá ser uma subida muito mais vagarosa do que foi a descida, levando um bom tempo até retomar os níveis pré-crise, ou seja, ao dinheiro que se tinha antes. E eis que ressurgem os adeptos do "mercado sempre volta".

Eu não tenho nada contra a estratégia Buy-and-Hold, desde que você seja eterno. Afinal esperar mais 3 ou 4 anos apenas para voltar a ter o dinheiro que se tinha é algo irrelevante se você é eterno.

Brincadeiras a parte, operados desta linha que são respeitados possuem um profundo conhecimento sobre a empresa, seu mercado e seus detalhes, eles não torcem simplesmente para que o mercado volte. Outra razão para que mantenham este tipo de operação deve-se ao volume operado. Algumas centenas de milhões são bem difíceis de movimentar num curto espaço de tempo. Mas mesmo um "Buy-and-Holder" possui estratégias de Hedge (proteção) de seu patrimônio e não assiste passivamente seu dinheiro virar pó.
* Todo operador de mercado que se preze procura, primeiramente, não perder dinheiro. O ganho virá como consequência. *

Em resumo, se você não é um profundo conhecedor da empresa, seu mercado e seus detalhes, ou não possui um montante imenso de dinheiro com proteção, você não é um Buy-and-Holder, você é um torcedor.

Aprender a operar é o mínimo que deve ser feito se seu objetivo é acumular riqueza no mercado financeiro.

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Matheus Massari
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